Para começar, preciso admitir que não estou completamente a
par de todas as alterações em nossa língua a partir da mais recente reforma
ortográfica. Tenho me lembrado disso e conto com as aulas de português de um futuro
filho e seus futuros deveres de casa para me atualizar. Sei que isso é
vergonhoso, o idioma é um dos mais importantes aspectos culturais de uma nação,
mas não tive tempo/paciência para estudar português recentemente.
E, com toda a necessidade que venho sentindo de me
comunicar, não deu pra esperar o nascimento do meu futuro filho, fruto de um
futuro casamento, e suas futuras e longínquas aulas do ensino primário para me
manifestar. Contemos com o corretor automático.
Mas, mais urgente do que atualizar-me quanto à reforma
ortográfica, tem sido para mim investir a plenos pulmões em uma reforma
pessoal. De valores, sentidos dados à vida, posturas, palavras e ações. A cada
dia me surpreendo com meus próprios avanços e regressos. Em certo momento,
estou disposta a instruir-me com autores conceituados, especialmente sobre
aquilo que diz respeito à minha espiritualização e tudo o que ela acarreta
sobre a vida prática. Em outros, veja só, estou visitando um blog cujo tema é
destacar as mais mal-vestidas celebridades. E me divertindo com isso.
Talvez não seja nada preocupante, apenas eu sendo humana e
experimentando em mim mesma os aspectos mais polarizados e distintos que uma
Homo sapiens fêmea (está certo isso?) pode vivenciar. Mas me incomoda ser tão estranha
a mim mesma dessa forma. Faz-me sentir como alguém sempre esbarrando nas arestas de
si.
Não é realmente nada de mais, agora penso bem. Sempre tive
essa sensação de não estar completamente adaptada ao meu próprio mundo interno,
que é caótico, desordenado, e passeia por ambientes distintos, a cada momento
com um desejo diferente.
Que eu seja essa “várias” e que em determinado momento, num
futuro próximo ou distante, em futuras aulas de português, todas se reúnam para
bater um bom papo, ortograficamente correto.
Helo, adorei a reflexão... me vi muito no seu texto... acho que no final das contas, somos todos assim "mosaicos existenciais a procura de um sentido para a vida"! Vamos compartilhando, não é? Bem vinda à blogosfera!
ResponderExcluir